Amigos da fé

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domingo, 21 de abril de 2013

Princípios de Deus sobre namoro

Dom Adair, Bispo de Rubiataba Escreve:

Prezados jovens Católicos, sejam vocês o alicerce da construção da “civilização do amor” (Paulo VI) e da concretização de uma vida feliz a partir da santidade e do respeito à pessoa do outro.

Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na castidade.(I Timóteo 4,12)Creio que outros vão escrever mais diretamente sobre o “namoro cristão”; quero fazer uma rápida abordagem do tema no plano humano, decorrente de uma visão positiva da filosofia cristã, cujo centro da atenção é a pessoa humana e seu caminho para a felicidade.

Faz parte da lógica consumista do capitalismo moderno apresentar a vitrine fetichista do comércio formal e informal, de maneira mais ousada nos shopping’s centers, como espaço do descartável. Os produtos, embora bonitos e requintados, em grande parte são descartáveis. Fabricados para serem consumidos rapidamente, devem ser substituídos por novos exemplares que a cada momento são inseridos nas prateleiras reais e virtuais do mercado, obedecendo à lógica do muito consumir. A cada ano surge uma infinidade de modelos novos de celulares e outros bens na área da eletrônica que povoam o imaginário dos humanos consumistas.

Essa perversidade que engalfinha milhões de dólares a cada dia está impregnando cada vez mais o inconsciente coletivo da humanidade, sobretudo no Ocidente: berço esplendido do consumismo. Trata-se da lógica do descartável: usa-se enquanto lhe agrada e faz bem, depois joga-se fora e busca-se outra opção que lhe satisfaça melhor aos instintos.

Tal realidade se materializa em mentalidade, em pensamento. Isso passa a reger o mundo humano e interfere drástica e profundamente na concepção de pessoa, de Deus, da natureza e da sociedade. Lamentavelmente a pessoa humana também está sendo colocada na vitrine, como objeto de consumo.

A mentalidade de prevalência do prático, acredito, tem favorecido uma mentalidade utilitarista e hedonista das coisas e passado dessas para as pessoas. Estamos vendo saltar aos nossos olhos as conseqüências desta mentalidade. Da mesma maneira que as pessoas trocam de aparelho celular a cada modelo novo que chega às lojas, muitos(as) estão trocando de relacionamentos afetivos a cada impulso dos sentidos em direção às possibilidades de novas aventuras e novas expectativas de prazer.

Tanto no namoro quanto no casamento percebe-se tal desastre humano. A raiz do problema não está basicamente na perda dos valores morais. É mais profundo. É uma questão de mentalidade. A concepção de pessoa humana está se nivelando com a concepção que temos das coisas e do seu conseqüente uso.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

AS LIÇÕES DE APARECIDA

Um grupo de 200 romeiros que pretendia visitar Aparecida em outubro pediu-me uma reflexão porque desejavam ir lá mais instruídos na fé. Passo aos meus leitores o que eu disse a eles.
“Quebrada, descartada, aparecida, reencontrada, restaurada e reintegrada, a imagem negra de Nossa Senhora em Aparecida nos enche de lições, cada qual mais profunda que a outra. Moro perto de Aparecida há quase 60 anos e vou lá há mais de 55. Minha mãe me levava pelo menos duas vezes por ano e, depois de sacerdote, convidado pelos excelentes e admiráveis padres redentoristas, visito regularmente a basílica e vejo a mística que se aninha nessa devoção a Maria, ante a sua imagem enegrecida. “
1° : Quebrada e descartada. Em algum lugar antes de 1717 uma imagem quebrou e alguém a jogou no lixo, que acabou no rio. Pode ter sido uma imagem de alguma fazenda ou de alguma casa à beira do rio. Talvez fosse menos escura do que é. Lembra as imagens europeias de Espanha e Portugal daquele tempo. Ficou na lama do rio, abandonada, esquecida, marginalizada, descartada para sempre. Era para ser. Mas Maria cuidou para que sua imagem virasse uma parábola de cura e de reintegração. Jogada no lixo porque não mais servia, levada pelo rio, cabeça e corpo separados, a imagem dada como perdida seria restaurada e refeita, coroada e vestida com um manto de rainha. E voltaria bem escura, pelas mãos de pescadores simples, num tempo em que os negros eram escravos e pobre não tinha nenhuma chance de subir na vida. Foi a primeira lição: há uma chance para os esquecidos e marginalizados neste país. Se não houver, nós a criaremos.
2°: Aparecida e reencontrada. Primeiro a imagem apareceu em duas partes. O aparecimento da primeira parte não disse nada. Era apenas um pedaço de imagem jogada no lixo. O aparecimento da segunda parte, mais adiante, bem mais adiante, começou a fazer sentido. De “aparecida” tornou-se “reencontrada”. Foi encontro e reencontro. O céu estava querendo dizer alguma coisa. Não é todo dia que um pescador acha na sua rede duas partes abandonadas de uma imagem. A fé achou explicações e é isso mesmo que a fé faz. Dá sentido ao que não parecia ter sentido. Foi a segunda lição: A imagem quebrada foi assumida. Há uma chance para os deserdados e jogados fora do processo civilizatório brasileiro.
3º : Restaurada e reintegrada. Alguém a limpou, lavou, tirou-lhe a lama, restaurou, emendou, reintegrou e a imagem voltou a ser inteira. Negra e inteira…num país onde ser negro era nascer e permanecer escravo. Coroaram a imagem negra, deram-lhe um manto. Valia como lição de que lutar ser negro, um dia não seria mais humilhante. Os brancos orando diante daquela imagem aprendiam muito mais do que imaginavam.
O Brasil saiu da escravidão, os negros ainda lutam por seu espaço, os pobres ainda sofrem a marginalização, os feridos e desconjuntados pela vida ainda se sentem no lixo, os enfermos ainda não recebem todo o apoio, mas sabemos que isso tem de mudar e vai mudar um dia. Enquanto isso, Aparecida vai ensinando suas lições de libertação, de solidariedade e de fé profunda. Foi a terceira lição.
Se há um templo no Brasil onde não se pode deixar de falar da dor, da libertação do pobre, de democracia e de reintegração e inclusão dos brasileiros excluídos, este lugar é Aparecida. E é o que tem sido feito. Aparecida é lição e sinal. A imagem, de Maria, quebrada, jogada fora reaparece e volta a ser inteira. E é pequena e negra! Não dá para ir lá e orar sem pensar em mudanças para o nosso país. Aparecida ilumina e provoca os cristãos do Brasil.
Continuaremos brigando para ver quem é mais de Cristo ou admitiremos que a mãe do Cristo podia e ainda pode nos ensinar alguma coisa? Ela nem precisou aparecer em Aparecida. Aquela imagem pequena tem falado por si mesma. Não está lá para ser tocada, mas para nos fazer olhar para o alto e pensar. Bem do jeito de Maria!
Pe. Zezinho scj

CARTA- RESPOSTA A UM AUTO-PROCLAMADO EVANGÉLICO (1992)

“Maria não pode nada. Menos ainda as imagens dela, que vocês adoram. Sua igreja continua idólatra. Já fui católico e, hoje, sou feliz porque só creio em Jesus. Você, com suas canções é o maior propagador da idolatria Mariana. Converta-se enquanto é tempo, senão vai para o inferno com suas canções idólatras…” P. S., São Paulo-SP.
Ele não escreveu pela internet e não se expôs, por isso indico apenas as iniciais. Minha resposta teve o seguinte teor:
S.Paulo, 15 outubro l992
P.S., Cristão mais do que eu…
Sua carta chega a ser cruel. Em quatro páginas você consegue mostrar o que um verdadeiro evangélico não pode ser. Seus irmãos mais instruídos na fé sentiriam vergonha de ler o que você disse em sua carta contra nós, católicos, e contra Maria, a mãe do Cristo que você diz conhecer mais do que eu.
O irônico de tudo isso é que, enquanto você sai por aí, agredindo a mãe de Jesus e diminuindo o papel dela no cristianismo, um número enorme de evangélicos, fala dela, hoje, com maior carinho e começa a compreender a devoção dos católicos por ela.
Você pegou o bonde atrasado e na hora errada, e deve ter ouvido os pastores errados, porque, entre os evangélicos, tanto como entre nós católicos, Maria é vista como a primeira cristã, e a figura mais expressiva da evangelização depois de Jesus. Eles sabem da presença firme e fiel de Maria ao lado do filho divino.
Evangélico hoje, meu caro, é alguém que pautou sua vida pelos evangelhos e, por ser um bom evangélico, não precisa agredir nem os católicos nem a Mãe de Jesus. Você é muito mais antimariano do que cristão ou evangélico. Seu negócio é agredir Maria e os católicos. Nem os bons evangélicos querem gente como você no meio deles.
Quanto ao que você afirma: que nós adoramos Maria, sinto pena de você… Enquanto católico em Santo André, segundo você afirma, já não sabia quase nada de Bíblia por culpa da nossa igreja, agora que virou evangélico parece que sabe menos ainda de Bíblia, de Jesus, de Deus e do reino dos céus. Você regrediu…
Está confundindo culto de veneração com culto de adoração, está caluniando quem tem imagens de Maria em casa, ao acusá-lo de idólatra. Ora, Paulo, há milhões de católicos que usam das imagens e sinais do catolicismo de maneira serena e inteligente. Se você usava errado, teria que aprender.
Ao invés disso foi para outra igreja aprender a decidir quem vai para o céu e quem vai para o inferno. Tornou-se juiz da fé dos outros. Deu um salto gigantesco em seis meses; de católico tornou-se evangélico, pregador de sua igreja e já se coloca como a quarta pessoa da Santíssima Trindade, porque está decidindo quem vai para o céu e quem vai para o inferno. Mais uns dois anos, e talvez dê um golpe de estado no céu e se torne a primeira pessoa da Santíssima Trindade…
Então, talvez, mande Deus avisar quem você vai por no céu e no inferno… Sua carta é pretensiosa. Sugiro que estude mais evangelismo, e em poucos anos, estará escrevendo cartas bem mais fraternas e bem mais serenas do que esta. Desejo de todo o coração que você encontre bons pastores evangélicos. Há muitíssimos homens de Deus nas igrejas evangélicas que ensinarão a você como ser um bom cristão e como respeitar a religião dos outros. Isso, você parece que perdeu quando deixou de ser católico. Era um direito que você tinha: procurar sua paz. Mas parece que não a encontrou ainda, a julgar pela agressividade de suas palavras.

terça-feira, 9 de abril de 2013

O perigo da Pornografia!

“Nossa carne é a arma mais poderosa que possui o demônio para nos escravizar…” ( Sto. Afonso Maria de Ligório)
Este é um tema que pode ser abordado de diversas dimensões, pretendo talvez dar uma continuação para ele em outros artigos. Mas decidi escrever algo sobre a pornografia porque tenho recebido muitos pedidos de ajuda através de e-mails e lido a luta que muitos tem vivido em relação à pornografia.
São pais de famílias, homens e mulheres que caíram nesta praga que é a pornografia e que agora sentem – se sem forças para sair da mesma!
A pornografia é como uma verdadeira praga em nossa vida, tem a capacidade de entrar em nosso interior como uma pequena semente, que as vezes surge de um olhar, de um desejo, de um sentimento; mas que acaba sendo aos poucos cultivada, ganha força e “toma corpo”, até nos fazer escravos dela!
O que faz a pornografia ser tão atrativa ao ser humano é que existe um “bem” dentro dela como consequência da busca pela mesma.
Entenda bem o que estou dizendo: Não há nada de bom e não há nenhum bem verdadeiro na pornografia, mas existe algo “bom” mesmo que momentâneo, existe algo “prazeroso”, existe algo que nós seres humanos conseguiremos tirar para um proveito próprio do que há na pornografia. Conseguiremos a nossa satisfação sexual, o nosso prazer e coisas do tipo…
Para ficar ainda mais claro, quero ressaltar o episódio do Jardim do Éden, sobre a Árvore do conhecimento do bem e do mal, assim Deus disse:
“O SENHOR Deus deu-lhe uma ordem, dizendo: “Podes comer de todas as árvores do jardim. Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não deves comer, porque, no dia em que dele comeres, com certeza morrerás”. (Gn 2, 16-17)

Imagens do dia!







quarta-feira, 3 de abril de 2013

...Se você pode pedir direto para Deus porque pedir para Maria?

Uma vez um protestante me questionou sobre a Virgem Maria e ele me disse assim: se você pode pedir direto para Deus porque pedir para Maria? Se quando um filho precisa de algo vai pedir ao empregado ou ao próprio pai? Aí respondi ao próprio pai aí ele me disse então porque rezar para Maria, aí fiquei sem resposta e gostaria de poder responder ele melhor mas não tenho argumento. Publicado por: Catecismo Jovem
Pergunta enviada por Alisson Henrique

A mediação de Nossa Senhora, bem como a dos anjos e santos, não é uma mediação substitutiva a de Jesus, mas, ao contrário, com base nela, por dentro dela. Sem a Mediação única e essencial de Cristo, homem e Deus, Sumo Pontífice (ponte) entre Deus e os homens, todas as outras mediações não teriam eficácia; portanto, a mediação de Maria não é uma mediação paralela a de Jesus, mas subordinada, cooperadora, por vontade de Deus. Jesus não quis salvar o mundo sozinho; Ele quis e quer a nossa ajuda e cooperação, tanto em termos de trabalho como de oração.

O Concílio Vaticano II, na Lúmen Gentium, explica-nos bem como é a mediação de Nossa Senhora diante de Deus. Vejamos:

“A maternidade de Maria na dispensação da graça perdura ininterruptamente a partir do consentimento que ela fielmente prestou na Anun­ciação, que sob a Cruz ela resolutamente manteve e manterá até a perpé­tua consumação de todos os eleitos. Assumida aos céus, não abandonou esta salvífica função, mas por sua multíplice intercessão continua a gran­jear-nos os dons da salvação eterna. Por seu maternal amor cuida dos irmãos do seu Filho que ainda peregrinam rodeados de perigos e dificuldades,até que sejam conduzidos à feliz pátria”.

“Por isto e Bem-aventurada Virgem Maria é invocada na igreja sob os títulos de Advogada, Auxiliadora, Protetora,Medianeira. Isto, porém, se entende de tal modo que nada derrogue, nada acrescente à dignidade e eficácia de Cristo, o único Mediador”.

“Com efeito; nenhuma criatura jamais pode ser colocada no mesmo plano com o Verbo Encarnado e Redentor. Mas,como o sacerdócio de Cristo é participado de vários modos seja pelos ministros, seja pelo povo fiel, e como a indivisa bondade de Deus é realmente difundida nas criaturas de maneiras diversas, assim também a única mediação do Redentor não exclui, mas suscita nas criaturas uma variegada cooperação, que participa de uma única fonte”.

“A Igreja não hesita em proclamar essa função subordinada de Maria. Pois sempre de novo experimenta e recomenda-se ao coração dos fiéis para que, encorajados por esta maternal proteção, mais intimamente dêem sua adesão ao Mediador e Salvador” (LG, nº 62),

O Papa Paulo VI em sua Exortação Apostólica Signum Magnum nº 1, escreveu:

“A Virgem continua agora no céu a exercer a sua função materna, cooperando para o nascimento e o desenvolvimento da vida divina em cada uma das almas dos homens redimidos. É esta uma verdade muito reconfortante, que, por livre disposição de Deus sapientíssimo, faz parte do mistério da salvação dos homens; por conseguinte, deve ser objeto da fé de todos os cristãos”.

O Papa João Paulo II assim se expressou:

“Os cristãos invocam Maria como “Auxiliadora”, reconhecendo-lhe o amor materno que vê as necessidades dos seus filhos e está pronto a intervir em ajuda deles, sobretudo quando está em jogo a salvação eterna. A convicção de que Maria está próxima de quantos sofrem ou se encontram em situações de grave perigo, sugeriu aos fiéis invocá-la como “Socorro”. A mesma confiante certeza é expressa pela mais antiga oração mariana, com as palavras: “sob a vossa proteção recorremos a vós, Santa Mãe de Deus: não desprezeis as súplicas de nós que estamos na prova, e livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!” (Do Breviário Romano). Como Medianeira materna, Maria apresenta a Cristo os nossos desejos, as nossas súplicas e transmite-nos os dons divinos, intercedendo continuamente em nosso favor. (L’Osservatore Romano, ed. port. n.39, 27/09/1997, pag. 12(448)).

Disse ainda o Papa: “Como recordo na Encíclica Redemptoris mater, “a mediação de Maria está intimamente ligada à sua maternidade e possui um caráter especificamente maternal, que a distingue da mediação das outras criaturas” (n. 38). Deste ponto de vista, Ela é única no seu gênero e singularmente eficaz… o mesmo Concílio cuidou de responder, afirmando que Maria é “para nós a Mãe na ordem da graça” (LG, 61). Recordamos que a mediação de Maria se qualifica fundamentalmente pela sua maternidade divina. O reconhecimento do papel de Medianeira está, além disso, implícito na expressão “nossa Mãe”, que propõe a doutrina da mediação Mariana, pondo em evidência a maternidade. Por fim, o título “Mãe na ordem da graça” esclarece que a Virgem coopera com Cristo no renascimento espiritual da humanidade.

“O Concílio afirma, além disso, que “a função maternal de Maria em relação aos homens de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; antes, manifesta a sua eficácia” (LG, 60).

“Longe, portanto, de ser um obstáculo ao exercício da única mediação de Cristo, Maria põe antes em evidência a sua fecundidade e a sua eficácia. “Com efeito, todo o influxo salvador da Virgem Santíssima sobre os homens se deve ao beneplácito divino e não a qualquer necessidade; deriva da abundância dos méritos de Cristo, funda-se na Sua mediação e dela depende inteiramente, haurindo aí toda a sua eficácia” (LG, 60).

De Cristo deriva o valor da mediação de Maria e, portanto, o influxo salvador da Bem-aventurada Virgem “de modo nenhum impede a união imediata dos fiéis com Cristo, antes a favorece” (ibid.).

“Ao proclamar Cristo como único Mediador (cf. 1 Tm 2, 5-6), o texto da Carta de São Paulo a Timóteo exclui qualquer outra mediação paralela, mas não uma mediação subordinada. Com efeito, antes de ressaltar a única e exclusiva mediação de Cristo, o autor recomenda “que se façam súplicas, orações, petições e ações de graças por todos os homens…” (2,1). Não são porventura as orações uma forma de mediação? Antes, segundo São Paulo, a única mediação de Cristo é destinada a promover outras mediações dependentes e ministeriais. Proclamando a unicidade da mediação de Cristo, o Apóstolo só tende a excluir toda a mediação autônoma ou concorrente, mas não outras formas compatíveis com o valor infinito da obra do Salvador.

“Nesta vontade de suscitar participações na única mediação de Cristo, manifesta-se o amor gratuito de Deus que quer compartilhar aquilo que possui. Na verdade, o que é a mediação materna de Maria senão um dom do Pai à humanidade? Eis por que o Concílio conclui: “Esta função subordinada de Maria, não hesita a Igreja em proclamá-la; sente-a constantemente e inculca-a nos fiéis…” (ibid.).

Maria desempenha a sua ação materna em contínua dependência da mediação de Cristo e d’Ele recebe tudo o que o seu coração desejar transmitir aos homens. Na sua peregrinação terrena, a Igreja experimenta “continuamente” a eficácia da ação da “Mãe na ordem da graça”. (L’Osservatore Romano, ed. port. n.40, 04/10/1997, pag. 12(460)).

Prof. Felipe Aquino ( Diocese de Lorena – SP)
Doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e Mestre na área pela UNIFEI (Universidade Federal de Itajubá), professor de História da Igreja do Instituto de Teologia Bento XVI na Diocese de Lorena e recentemente recebeu do Santo Padre o título de Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno!